quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Comentando um comentário


Saul Camboim, o Bad Boy (Foto do Blog do Saul)



Ontem liberei dois comentários e censurei outros dois que não se atinham ao assunto e apenas tentavam atingir pessoas, em minha postagem anterior. Um deles vem do Saul Camboim, o “bad boy” de minha adolescência, embora seja mais nova do que ele (e não tenham a ousadia de perguntar quantos anos sou mais nova!). O comentário era o seguinte:

"Saul 28 de novembro de 2012 09:54

MESMO SEM HAVER VOTADO NO PREFEITO ELEITO(VOTEI EM JUDITH E NÃO ME ARREPENDO),ESPERO QUE O MESMO FAÇA UM BOM GOVERNO PARA NOSSA BOM CONSELHO, AFINAL A CIDADE É DO POVO E NÃO PROPRIEDADE POLÍTICA DE QUEM QUER QUE SEJA;CONCORDO ATÉ QUE O MESMO ATENDA OS SEUS PADRINHOS POLÍTICOS COM CARGOS NAS DIVERSAS SECRETARIAS,NO ENTANTO SE FOR INTELIGENTE FIQUE SÓ NISSO, NÃO PEÇA AOS EX,LIÇÕES ADMINISTRATIVAS, POIS SERIA UM DESASTRE, AFINAL CONTAS REJEITADAS EM UMA ADMINISTRAÇÃO DEIXA MUITO A DESEJAR, E SE OS MESMOS SOUBESSEM ADMINISTRAR, TAL NÃO OCORRIA."

Além do fato do Saul ter péssimo hábito de escrever em caixa alta no seu blog e nos comentários, o comentário merece um meu comentário, e haja comentários.

Antes disso, pelo que vi ontem no Mural da AGD, o carinho dos seus filhos dando-lhes parabéns pelo seu aniversário e revelando sua idade (cruzes!), eu os imito aqui e dou os meus parabéns e o desejo que esta data se reproduza por muitos e muitos anos (desculpe a falta de originalidade).

Voltando ao comentário, o Saul abriu seu voto na Mamãe Juju e diz que não se arrepende (eu não votaria nela e não me arrependeria também, por outros motivos) e deseja que o Dandan faça um bom governo, o que eu também desejo.

Ele vai além e aconselha o Dandan a não pedir “lições administrativas” aos ex-prefeitos, pois isto seria um desastre. Eu apenas não sei como ele irá seguir este conselho nomeando os indicados por eles. Ora, se os ex-prefeitos não tiveram quadros para administrar por que indicariam alguém eficiente? Agora serão os netos, dirão alguns. Pode até ser, mas, vai ser difícil.

Porém, o ponto é outro mais importante, e me leva a tentar esclarecer a coisa pela milésima vez. O que me mete medo não é só o fracasso administrativo dos ex (e aqui eu incluo a Mamãe Juju), e sim a inexperiência política do Dandan, pela sua pouca idade, e talvez por este mesmo motivo, seu envolvimento em tantos processos. E eu estou supondo, até que a justiça diga o contrário, que ele é inocente de todas as acusações.

Esta história de que o povo o absolveu não entra na minha cabeça e nem entra na cabeça dos juízes. Se o Zé Dirceu pudesse se candidatar à presidência da república, como Lula e o PT queriam, em 2010, hoje seria presidente, e talvez saísse como Collor saiu, logo em seguida. Talvez não por decisão do Congresso, mas, por decisão do STF.

Eu não sei os meandros legais envolvidos no caso do Dandan, mas com certeza, os processos que estão não justiça não desaparecerão, a não ser por passe de mágica, como às vezes acontece. Mesmo assim, a história nos cobrará. A história política de Bom Conselho não é um primor de ética por muito tempo, mas, se pudermos evitar que ela piore, seria muito bom. E esta é minha missão como jornalista (sem diploma e com vergonha de usar as cotas raciais para obtê-lo). Informar ao (seria “o”, antes que o Sr. Ccsta pegue no meu pé?) distinto público.

E é preciso discutir o que o Saul quer dizer quando menciona um “bom governo”. Isto é um problema político. E, nas democracias, não há um bom governo sem oposição. E, ser oposição não é desejar mal ao povo. Muito pelo contrário, é cobrar dos governantes suas promessas boas e combater suas promessas ruins. E uma promessa ruim do Dandan é governar com a orientação dos ex-prefeitos. E, pensando bem, como já disse, é muito difícil ele fugir desta realidade.

Isto passa também pelo Poder Legislativo, ou pela Câmera Municipal. Quantos fizeram oposição ao governo de plantão até hoje, e quantos farão daqui para frente? É muito difícil para os vereadores exercer sua função plena dentro de uma realidade como a nossa. Pelo que sei, na atualidade, quem tentou isto se deu mal nas urnas. Então, já que é difícil fazer oposição pela via clássica, temos que fazer oposição pela imprensa, como eu faço (pelo que vi na A GAZETA, e comentarei depois, não há um esforço para cobrar do novo prefeito; será que se aliará a ele, como era aliada da Mamãe Juju?).

Então, informar, é minha missão. Se nesta informação há um ranço oposicionista, é porque ainda não tive explicações convincentes sobre fatos relacionados ao Dandan.

Lendo as notícias recentes eu também não acredito que a Dilma não soubesse das peripécias do Lula e da Rosemary, mas, nem por isso desejo o mal para o Brasil.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Poeta e o secretariado do Dandan



(Imagem do Blog do Poeta)


Hoje ainda tenho que sair de casa para algo sofrido e doloroso, mas, o Poeta é generoso e me dá alguns momentos de prazer ao lê-lo. Vejam a seguinte pérola de postagem que ele publicou ontem e eu volto depois (vejam aqui no original para dar mais audiência ao seu já combalido meio de comunicação)

EX-PREFEITOS VÃO PRESTIGIAR DANNILO GODOY DIA 10

Diante das especulações dos nomes que vão ocupar o primeiro escalão do governo de Dannilo Godoy, muito se fala que o ex-prefeito Gervásio Matos, deverá ter sua irmã, Claudete Matos, como secretária de educação. Oficialmente, o prefeito eleito Dannilo Godoy não se manifestou, mas, é certo que ele já tem definido os nomes dos seus secretários, porém, somente no próximo dia 10 de dezembro, numa entrevista coletiva, toda a cidade, aliás, o mundo inteiro vai saber quem são os nomes, até porque a blogosfera local e do estado, estará participando da entrevista coletiva que está sendo organizada. Blogs de cidades da região, já foram convidados oficializados a participarem deste evento. Nos próximos dias vocês saberão quais meios de comunicação vão participar desta coletiva. Uma coisa é certa, Dannilo, reconhece a importância do trabalho dos blogueiros que tem compromisso de informar e acima de tudo, que são identificáveis. Gervásio Matos, Audálio Ferreira, Dr. Daniel Brasileiro, vão estar presentes no dia da entrevista coletiva e sempre vão estar orientando Dannilo em seu governo municipal.

São tantas as emoções, além do português ruim do Poeta, que não sei por onde começar. Se perguntarem a ele quem escreve pior na cidade ou quem mais puxa a brasa para a sardinha do Dandan, numa concorrência desenfreada para entrar na equipe do futuro governo, ele, certamente responderia também como o Roberto Carlos: “Este cara, sou eu!

A primeira especulação que vi sobre a equipe do Dandan foi no Blog do Roberto Almeida. Não estou aqui comparando o Roberto com o Poeta, porque foi ontem que escrevi sobre alhos e bugalhos, ou seja, quanto a diferença de qualidade jornalística entre um e outro, mas, porque foi lá que vi os primeiros nomes. O Poeta é lá citado com um “profissional que teve uma atuação importante na campanha vitoriosa do futuro gestor”, o que todos sabem ser verdade, e agora espera a recompensa.

Lá (no Roberto) são citados os nomes de Claudete Mattos e do médico(sic) Frederico (sic) Benjoino. Penso que o Roberto acertou na primeira indicação e errou na segunda (e também no nome e na profissão do Fabrício). Mas, isto não tem muito importância diante do texto “magistral” do Poeta, reproduzido acima.

Vejam vocês que não é só Bom Conselho que está interessado no secretariado do Dandan, mas “o mundo inteiro”. Isto porque, pasmem, o Blog do Poeta “estará” transmitindo para o mundo todo. O fato de apenas uns poucos leitores do seu blog estarem interessados nisto, não importa muito. Enfim, lê quem quer!

Mas o que me chamou mais atenção foi a notícia de que todos os ex-prefeitos que o apoiaram (menos o Walmir é claro, e que Deus o tenha) estarão presentes à coletiva de imprensa para o anúncio do secretariado. Como uma rádio pegou fogo, a outra é de oposição, A GAZETA não quer nem ouvir falar em Dandan, A GAZETA DIGITAL parece nem ter chegado dos Estados Unidos ainda, etc. a imprensa se reduzirá ao Blog do Poeta e ao Blog do Tiago Padilha, que estão competindo para ser o blog oficial da era Dandan. E o meu? Deus me livre! Sei que o Xico Pitomba está na espreita.

No entanto, mesmo sem saber como será organizada a entrevista, se será apenas um anúncio de secretários ou se o Dandan responderá a questões da imprensa (do Poeta e do Tiago). Se houver perguntas, tenho certeza a principal não será feita: “Como andam os processos com os quais sua excelência se relaciona?” Por isso tenho vontade de estar lá na fila do gargarejo para perguntar, embora já saiba a resposta: “Fui absolvido por Deus e pelo o povo.” É por isso que não fui convidada, pois meu blog tem o compromisso de informar e é identificável, embora eu não ande, igual ao Dr. Filhinho, brandindo meu CPF e RG, como se isto fosse garantia de informar a verdade e servir ao povo de Bom Conselho.

E agora, que todo mundo já especula o secretariado do Dandan, eu também posso especular e com toda minha racionalidade feminina, embora não saiba como todas as posições serão preenchidas. A minha opção vem da minha constatação, desde a convenção de que o Dandan é muito novo e inexperiente para o cargo, o que agora é corroborado pelo Poeta quando diz: “Gervásio Matos, Audálio Ferreira, Dr. Daniel Brasileiro, vão estar presentes no dia da entrevista coletiva e sempre vão estar orientando Dannilo em seu governo municipal.” É claro que esta orientação de que fala o Bardo de Arapiraca deve ter vindo da lista de nomes que ele já deve ter no bolso, pois, tenho certeza, ele será o futuro assessor de imprensa do Dandan.

Aí é fácil deduzir que teremos Claudette Mattos na Educação, Daniel Brasileiro (ou quem ele indicar) na Saúde (pai) e talvez na Administração (filho), Audálio Ferreira (ou quem ele indicar) na Agricultura (ele mesmo) e Serviço Social (Dona Zefa), mais um Soares em outra secretaria, etc, etc.

Esta coisa de eleitorado técnico e eficiente com o número de apoiadores do Dandan é apenas conversa para boi dormir. O que mais temo mas pode acontecer é o Poeta ir para a área da Cultura, sem ainda ter comprado uma gramática e um dicionário. Eu tenho é pena do jovem Dandan. Se ele for inocente, é claro.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Voltando da serra e juntando alho com bugalhos





Já estou em casa, rodando os blogs e procurando assunto para iniciar bem a semana. São tantas as emoções.

Ontem em Gravatá foi uma festa danada porque o Náutico ficou na série A do campeonato. Não acompanho de perto o campeonato, mas, a emoção dos outros me emociona. Até meu neto Júlio, que é apegado demais ao esporte, gritava dizendo: “O Sport vai cair, o Sport vai cair!”, repetindo os marmanjos adultos que assistiam ao jogo com o Fluminense.

Aí eu fui aos blogs de Bom Conselho, ou ao que resta deles. Nesta política alguns apareceram e desapareceram como passe de mágica. O que mais eu notei foi o precoce desaparecimento do Portal do Poeta e parece que sua rádio vai no mesmo caminho. O Blog da Prefeita, por motivos óbvios fechou suas portas. A partir de janeiro, se o Dandan passar no teste da justiça paraibana poderemos ter o Blog do Prefeito, se ele souber escrever, é claro.

E vi que o blog do Dr. Filhinho se mexeu. Fui lá para ver se ele havia reconhecido a derrota, mas, ele ainda não o fez. Parece está culpando a seca pela derrota de mainha, quando ela se deve muito a ele. Bom Conselho não aceita empáfia e dizem o “gordurinha” parece que engoliu um termômetro gigante. Se eu fosse ele transformaria o blog num blog de medicina, pois de política, nem com RG e CPF ele conseguiu empolgar.

O Bom Conselho de Papacaça não aguentou o repuxo e também sumiu. Até hoje eu tenho saudade do Mister M, mas sua volta é muito pouco provável. Seria um bom blog de oposição aos blogs oficiais da prefeitura.

Eu ainda não sei se o Saulo (SBC) vai continuar sendo o blog oficial da prefeitura, apenas mudando de patrão. Pelo jeito, parece que sim. O mural de lá, que, agora, só vou uma vez na vida e outra na morte, continua sendo o mural da colônia papacaceira do Rio de Janeiro. Ou seja, são os mesmos de sempre.

No entanto, para ser blog oficial da prefeitura não faltam candidatos. Os concorrentes que partiram primeiro para o posto foram o Blog do Poeta e o Blog do Tiago Padilha. O primeiro porque, não tem mais como se sustentar e o segundo talvez porque não sabe mesmo fazer oposição. O blog dos vereadores (Carlos Alberto e Gilmar Aleixo) parece que também pararam por falta absoluta de assunto e de leitores. O do Gustavinho, ainda não se manifestou, talvez porque, sua mãe, seguindo meus conselhos, botou ele para estudar.

Eu não sei se A Gazeta Digital vai ser de oposição ou de situação. Pelo jeito, ele vai estar onde sempre o Zé Carlos o colocou: Em cima do muro. O meu, sim,  neutro e, como sempre, do lado certo do povo. A audiência do nosso blog cresceu tanto nos últimos tempos que estou me sentindo uma superstart. Mas, eu não me deixo levar pela vaidade. Minha luta continua contra aqueles que querem enganar nosso povo. São os lobos vestidos em pele de cordeiro. A estes não daremos trégua.

É uma pena que não possa ir a Bom Conselho ainda, devido as ameaças que sofri do Xico Pitomba e de outros, por defender o povo. Se eu pudesse eu compareceria a este Encontro de Blogueiros que o Poeta está programando para tentar voltar um pouco sua audiência. Se vocês contarem o número de pessoas que saem em suas fotos perceberão de onde ela vem. E se contar com os que admiram jumentinhas em pouses eróticas, penso que ele manterá alguma audiência, embora não por muito tempo. Triste fim do Policarpo Quaresma.

Meu Deus, eu sentei aqui para escrever, também, sobre os exemplares da A GAZETA, que recebi, mas, já estou me excedendo no número de letras. Depois eu falo a respeito.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

E a PAPACAGAY segue em frente...





Eu já escrevi muito, gastando meus dedinhos nas teclas, sobre o tema do homossexualismo e minha visão sobre ele, que é de uma católica, mas não ovelha para ser pastoreada. E ele é recorrente. Estou sem muito tempo, mas vou lutando como posso contra qualquer tipo de preconceito. E seguindo na luta, hoje publico aqui dois textos: Um meu e outro do O Andarilho.

Para aqueles que não conhecem quem foi O Andarilho, já falecido, ele andou escrevendo no SBC (Site de Bom Conselho) que não sei se continuará sendo o Blog Oficial da Prefeitura (penso que não pois este posto está sendo disputado pelo Blog do Poeta e pelo Blog do Tiago Padilha) e que era um católico daqueles que andavam com o Código Canônico debaixo do braço, parecendo mais um Frei Damião baiano.

O primeiro texto aí em baixo é dele e pode ainda ser visto aqui, na Academia Pedro de Lara. E o segundo, que segue a este, é uma paráfrase que fiz dele num texto publicado no saudoso Blog da CIT, e que, se tiver tempo, publicarei aqui, talvez até numa série que pensei chamar: A Semana da PAPACAGAY.

Hoje minha discussão é com o Sr. Ccsta, lá no Mural da AGD, que neste tema, tem a mesma visão do O Andarilho. Vejam que a semelhança das ideias dos dois não é coincidência e sim preconceito mesmo. Leiam e reflitam.

Texto 1:

SODOMA E GOMORRA BEM ALÍ... - PARA ONDE VAMOS?

As pessoas querem liberdade (e é certo deseja-la), mas será que as pessoas estão sabendo conviver com a liberdade?

Onde esqueceram os limites?

Onde estão delineados os limites?

VALE TUDO?

Onde ficam as crianças...?

Se pode tudo!

Soltem os pedófilos, os criminosos, os corruptos, os desviados.

É hipocrísia querer um mundo melhor e permitir tudo, diante de todos sem distinção.

Fui a um restaurante que fica localizado na pituba em Salvador, lá cheguei aproximadamente às 20:30hs, estava tudo muito bem, um ambiente limpo, organizado, pessoas em suas respectivas mesas conversando, um pouco atrás da mesa em que (eu, minha esposa, filho e filha (menor) ficamos, havia dois rapazes, tudo corria normal, daqui há pouco minha filha comenta: "pai! os homens estão namorando!" - Olhei rapidamente achando que seria um engano, ou ela estaria confundindo e seria uma mulher de cabelo curto e seu namorado. Não! não era, eram dois "marmanjos"...Perdi a graça, o que eu podia dizer a minha filha menor? Não sei! Posso até saber o que diria se ela fosse madura, não tivesse em idade de formação etc mas dizer a ela que é normalíssimo, que é moderno, que é bonito...Para agradar os simpatizantes, não poderia dizer e nem vou dizer.( Cada macaco no seu galho) Só me restou pedir a conta e me retirar.

Isso é preconceito?

Não acho que seja, é bom senso.

Se o restaurante permite pega-pega desse tipo, deveria ter um aviso que ali vale tudo, ou pelo menos avisar a quem chega com crianças que é possível chegar clientes dessa tribo e tudo pode...

Quatro cinco dias se passaram...

Liguei a TV e estou na sala, entre jogando ludo com minha filha e ouvindo a TV, daqui há instantes, escuto a abertura do BBB, as apresentações etc e de repente corro para desligar a TV, tirar a filha da sala, administrar o caos educacional...Na TV duas moças lindas: Uma dizendo que seduz indiscriminadamente homem ou mulher...Outra dizendo que prefere namorar mulher...e outro se apresentando como homossexual e os pais declarando apoio.

Fiquei ressabiado.

No outro dia: Na internet, o resultado dos lances do BBB e fotos...Entre elas, a da cena dos dois gays trocando selinho.

Afinal, pensei: Para onde vamos? Ou para onde queremos ir?

Lembrei que há alguns anos atrás, apenas determinados cinemas podiam exigir cenas fortes, de protituição etc lembrei até de alguns títulos; GARGANTA PROFUNDA - BONITINHA MAIS ORDINÁRIA etc Só maiores podiam entrar, e essas salas de exibições eram consideradas salas suspeitas.

QUE INOCÊNCIA DAQUES DIAS...

Hoje, a televisão concorre diretamente com os mais sujos bordéis, e ainda testemunhamos declarações de pais e mães dando apoio.

Preconceito?

NÃO!

BOM SENSO.

Pois essas condutas deveriam ser vividas de forma discreta, já que é uma opção pessoal dessas pessoas, vivam suas opções. Mas, DISCRIMINAR as famílias, jovens e crianças, EMPURRANDO GOELA ABAIXO todo tipo de hábitos, vícios e costumes... Só mesmo considerando que atualizaram SODOMA E GOMORRA e a aplicação é obrigatória.

No Colégio Central da Bahia, é comum encontrar menores de idade pelos corredores, se agarrando entre outras situaçãoes mais fortes e sem limites, isso deriva das informações colhidas nos bordéis televisivos, nos desfiles sem limites, na safadeza geral da nação.

É uma pena, uma lástima! Pois sabemos que muitas pessoas estão tolhidas, encurraladas com as armadilhas do 'POLÍTICAMENTE CORRETO", e as famílias sendo dizimadas pelos costumes SODOMITAS que grassam mundo
afora.

Boas reflexões!

Brasil, 14 de janeiro de 2010

O ANDARILHO

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Texto 2:

ÁFRICA E O PELOURINHO BEM ALÍ... – PARA ONDE VAMOS?

As pessoas querem liberdade (e é certo desejá-la), mas será que as pessoas estão sabendo conviver com a liberdade?

Onde esqueceram os limites?

Onde estão delineados os limites?

VALE TUDO?

Onde ficam as crianças...?

Se pode tudo!

Soltem os pedófilos, os criminosos, os corruptos, os desviados.

É hipocrisia querer um mundo melhor e permitir tudo, diante de todos sem distinção.
Fui a um restaurante que fica localizado na Pituba em Salvador, lá cheguei aproximadamente às 20:30hs, estava tudo muito bem, um ambiente limpo, organizado, pessoas em suas respectivas mesas conversando, um pouco atrás da mesa em que eu, minha esposa, filho e filha (menor) ficamos, havia dois rapazes, tudo corria normal, daqui há pouco minha filha comenta: "pai! Chegaram dois homens pretos!" - Olhei rapidamente achando que seria um engano, ou ela estaria confundindo e seria uma mulher pintada de preto e seu namorado. Não! não era, eram dois "marmanjos"...Perdi a graça, o que eu podia dizer a minha filha menor? Não sei! Posso até saber o que diria se ela fosse madura, não tivesse em idade de formação etc mas dizer a ela que é normalíssimo, que é moderno, que é bonito...Para agradar os simpatizantes, não poderia dizer e nem vou dizer.( Cada macaco no seu galho) Só me restou pedir a conta e me retirar.

Isso é preconceito?

Não acho que seja, é bom senso.

Se o restaurante permite pessoas desse tipo, deveria ter um aviso que ali vale tudo, ou pelo menos avisar a quem chega com crianças que é possível chegar clientes dessa tribo de alforriados e tudo pode...

Quatro cinco dias se passaram...

Liguei o rádio e estou na sala, entre jogando ludo com minha filha e ouvindo o rádio, daqui há instantes, escuto a abertura do BBB (Bongo, Bingo e Bungo), as apresentações etc e de repente corro para desligar o rádio, tirar a filha da sala, administrar o caos educacional...Na rádio duas vozes lindas: Uma dizendo que se casaria indiscriminadamente com um negro alforriado...Outra dizendo que prefere namorar negros...e outro se apresentando como ser negro com muito orgulho e os pais declarando apoio.

Fiquei ressabiado.

No outro dia: No Pelourinho Jornal, o resultado dos lances do BBB e fotos...Entre elas, a da cena dos dois negros alforriados trocando selinho.

Afinal, pensei: Para onde vamos? Ou para onde queremos ir?

Lembrei que há alguns anos atrás, apenas determinados cinemas podiam exigir cenas fortes, de protituição etc lembrei até de alguns títulos; GARGANTA PROFUNDA - BONITINHA MAIS ORDINÁRIA , A ESCRAVA ISAURA, O NEGRINHO DO PASTOREIO todos assistidos por mim, etc Só maiores podiam entrar, e essas salas de exibições eram consideradas salas suspeitas.
QUE INOCÊNCIA DAQUELES DIAS...

Hoje, o rádio concorre diretamente com os mais sujos bordéis, e ainda testemunhamos declarações de pais e mães dando apoio.

Preconceito?

NÃO!

BOM SENSO.

Pois essas condutas deveriam ser vividas de forma discreta, já que é uma opção pessoal dessas pessoas conviver com negros alforriados, vivam suas opções. Mas, DISCRIMINAR as famílias, jovens e crianças, EMPURRANDO GOELA ABAIXO todo tipo de hábitos, vícios e costumes desta negrada... Só mesmo considerando que atualizaram a ÁFRICA E O ABOLICIONISMO e a aplicação é obrigatória.

No Colégio Central da Bahia, é comum encontrar menores de idade pelos corredores, se se confraternizando com meninos pretos entre outras situações mais fortes e sem limites, como o namoro entre as raças, isso deriva das informações colhidas nos bordéis radiofônicos, nos desfiles de carnaval sem limites, na safadeza geral da nação.

É uma pena, uma lástima! Pois sabemos que muitas pessoas estão tolhidas, encurraladas com as armadilhas do 'POLÍTICAMENTE CORRETO", e as famílias sendo dizimadas pelos costumes ABOLICIONISTAS que grassam mundo afora.

Boas reflexões!

Brasil, 14 de janeiro de 1910

THE ANDARILHO’S FATHER

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P.S.: Os erros de grafia nos texto não foram retirados por falta de tempo, tanto no meu como no do O Andarilho. (Em 22.11.2012 – LP)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Eu vou chamar o síndico!





Por Téta Barbosa (*)

Síndico de prédio é como político, um mal necessário.

Lá no edifício dos meus pais, a eleição para renovar o cargo do cara que não vai pagar o condomínio é mais emocionante que final de novela das oito.

A começar pelos moradores, que, assim como os traficantes do Rio de Janeiro, se dividem em três facções criminosas (ou ideológicas, não tenho certeza).

Tem o grupo a favor de Seu Amaral*, tem o grupo do contra, liderado pela galega do primeiro andar, e o grupo do “deixa disso, vamos tomar uma cerveja e resolver depois”.

Quando o partido do Seu Amaral está no poder, os outros dois não pagam condomínio em retaliação. Quando o grupo oposto assume, o do seu Amaral e do deixa disso não pagam por vingança. Quando o grupo do deixa disso assume, pensando bem esse pessoal só assume a cota da bebida da festa do final de ano.

Recentemente a facção do Seu Amaral deu um golpe de Estado e, não podendo o próprio Amaral assumir pela terceira vez consecutiva, colocou um Geraldo Júlio* da vez em seu lugar.

O laranja dele, Seu Roberto, só ganhou a eleição porque, depois que o candidato da facção da galega foi eleito pela maioria, Seu Amaral tirou uma carta premiada da manga: o cidadão tinha colocado o condomínio na justiça num passado remoto. Ou seja, a posse foi impugnada e Seu Roberto Laranja de Oliveira assumiu o cargo.

Já no meu edifício a síndica é ghost, dizem que ela existe, mas nunca vi em carne e osso. Assim como em Atividade Paranormal, ela deixa rastros: bilhetes na portaria, mensagens no hall e, posso jurar, já senti um perfume com cheiro de rose, Emily Rose, que imagino ser dela, no elevador. Tudo que sei é que seu sobrenome é o nome do prédio, o que faz dela, automaticamente, a dona do pedaço.

No prédio do meu irmão, o moço criado com a vó disse, em tom solene, na reunião:

- O condomínio precisa dar um jeito no cheiro do cigarro ilegal que vem de alguns apartamentos.

- Eu não sou policial, Seu Gomes, sou só o síndico.

Pra resolver isso, só chamando Tim Maia.

“cuidado com o disco voador
tira essa escada daí,
essa escada é pra ficar aqui fora
eu vou chamar o síndico
Tim Maia, Tima Maia, Tim Maia”.

*Os nomes são fictícios para evitar a retaliação dos respectivos síndicos.

*Geraldo Júlio parece nome de cantor de brega mas é o atual Prefeito do Recife, indicado pelo todo poderoso senhor de engenho, quer dizer, Governador, Eduardo Campos.

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(*) Publicado no Blog do Noblat em 19.11.2012. Eu sempre considerei um condomínio parecido com um sistema democrático de um país real. Recentemente, por ameaças sofridas pela minha atividade política em Bom Conselho, tivemos (eu e a família que não desgruda de mim) que vender um local bom e aprazível, ainda financiado na farra do BNH do governo Sarney, e comprar um apartamento, mais novo, embora um pouco mais acanhado, em termos de espaço, para viver.

Com a chegada dos meus netos, e com os vizinhos novos, o que antes eu pensei funcionar muito bem, em termos de condomínio, pois já existia um síndico igual ao Fidel Castro em Cuba, pois dominava o prédio desde sempre, agora, aqui, no novo, temos uma democracia, com eleições e até alternância no poder como descreve a Téta Barbosa em seu excelente artigo.

Só não sinto saudade do apartamento antigo porque não gosto muito do Fidel e de coisas que não mudam. Eu, neste ponto sou como a Dilma Roussef (porém, sincera) de que prefiro o barulho do condomínio do que o silêncio das ditaduras. E eu já me meti, com minha mania de política, no Conselho Fiscal do prédio. Meus Deus, existia até mensalão com os funcionários para servir ao Síndico de plantão. Uma coisa horrível.

Mas, eu já estou cuidando do caso e eles não perdem por esperar. Se não houver jeito mesmo, de forma nenhuma eu convidarei o Joaquim Barbosa para morar lá no prédio. Vai muita gente para cadeia, tenho certeza. (LP)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O Dandan, a Lei e a Ética





Semana passada li um texto daqueles que ficam pedindo para comentar. Foi no Blog do Noblat, escrito por um seu colaborador chamado Elton Simões. Eu já havia lido seus artigos, curtos, objetivos, limpos e claros, quase ao contrário do meus textos. Eu deveria transcrevê-lo aqui e não escrever mais nada, pois ele fala por si.

Entretanto, a vontade de teclar é tanta e o assunto é tão pertinente, que não aguento e vou escrever um pouco rondando o assunto por ele abordado. Mas, antes eu gostaria que vocês lessem o texto do Elton, pois se depois não quiserem ler-me, eu perdoo, embora perderão alguma coisa, acho eu.

“Talvez seja uma fantasia. Talvez minha memória me traia de novo. Talvez tudo sempre tenha sido assim e eu simplesmente tenha perdido a capacidade de ignorar. Ou, talvez, de fato tenha existido um tempo em que as páginas policiais não tinham ainda invadido os outros cadernos do jornal.

Nestes dias e era, parece que os advogados substituíram os comentaristas esportivos na TV, no rádio, e até mesmo nos jornais. Eles parecem estar por toda parte.

Explicam as leis e traduzem as teses jurídicas mais importantes. Esmiúçam cada segundo, cada palavra e cada ação em cada processo. Como comentaristas esportivos, os advogados contam a historia do processo e servem de tradutores da linguagem jurídica para o publico leigo.

Explicam as leis como se elas não tivessem correlação com a sociedade que as gerou. Separam a verdade processual da verdade real, como se a aplicação da lei se desse em um universo paralelo.

No meio de tudo isso, parece que o sistema judiciário é o único caminho para a resolução de qualquer problema. Como se a Lei, as provas e o processo fossem as únicas bússolas a orientar as ações dos cidadãos. Como se o Direito pudesse, de todo modo, substituir a noção de certo e errado

Obedecer à Lei é condição fundamental para uma sociedade pacífica e organizada. Protege o Estado de Direito e a garantias individuais. Entretanto, fazer do cumprimento da Lei a baliza mais importante que orienta as ações é uma meta muito pouco ambiciosa para a construção de uma sociedade desenvolvida.

A Lei é um parâmetro mínimo de comportamento. Ambicionar somente o cumprimento da Lei é muito pouco.

Sociedades desenvolvidas e justas pressupõem que seus integrantes tenham compromisso não somente com a Lei, mas também com a Ética.

Direito e Ética não são sinônimos. O Direito é mais limitado. Ética é um conceito mais amplo que a Lei. Ética é obedecer a normas que não têm capacidade de coerção. É basear a ação nas noções de certo e errado, sem que a punição para desvios esteja necessariamente prevista em uma norma jurídica.

Em uma sociedade desenvolvida e justa, o comportamento ético deve ser a norma mínima exigida. O Direito, nesse caso, é apenas salvaguarda contra os casos mais graves de desvio.

Sociedade que valoriza a Lei é sociedade organizada. Sociedade que valoriza a Ética é sociedade justa. Sociedade que não valoriza a Lei nem a Ética, flerta com o desastre.”

Observou, Lucinha, quantas verdades podem ser ditas em poucas palavras?! Perguntariam a mim os críticos de minha prolixidade. Mas, com diz a novela Salve Jorge: “Cada um com seu tapete!”. Eu achei o texto o máximo. E para não me esquecer, há até leis que não são éticas e vice-versa. Há éticas mundanas e religiosas, com existem leis justas e injustas. Mas, não quero aprofundar o texto, pois seria muita pretensão de minha parte.

O comentário base vai para o Brasil atual, onde penso estamos flertando com o desastre quando um partido político, e principalmente seu dirigente maior, o Lula, não é nem ético nem obedece as leis. Suas últimas declarações, com o peso que tem para a patuleia, levam a uma confusão imensa a nossa sociedade, pois ela perde o rumo pela vontade de mudar e seu ídolo indica o lado errado para se safar de erros do passado.

O STF, no julgamento do mensalão, fez história ao enquadrar dirigentes do PT, que agiram de forma criminosa dentro do processo político, usando uma ideologia tosca para orientar nossa sociedade através da compra desvairada de votos de parlamentares, que já compram seu eleitores. É o que o Ayres Britto, presidente do STF chamou de “argentarização” da política, no mais alto grau. Graças a Deus, com as condenações, reconcialiaremos a ética com a política, se nossa justiça continuar assim.

Neste últimos dias de eleição, recebi várias mensagens, umas contra e até desaforadas e outras a favor e até carinhosas, porque abracei a causa de que os homens públicos não tem e não devem ter vida privadas como os mortais comuns. Um homem que pretende entrar na política faz de sua vida um livro aberto, e a tarefa de distribuí-lo aos cidadãos para leitura deve ser dele. Por exemplo, o Lula deveria escrever um livro (ou ditar para alguém pois para ele seria mais fácil e não se exporia tanto) explicando tim-tim por tim-tim qual o seu papel exato no mensalão. Não é a lei que exige isto. É a ética. As histórias que ele contou a respeito do episódio cabem num livro com 30 capítulos que em cada um há uma história diferente.

Ou episódio que o texto acima me acendeu as antenas,  a candidatura do Dandan a prefeito de Bom Conselho. Eu cobrei e cobro explicações, que com cidadã bom-conselhense mereço, sobre os processos que ele responde na justiça. Ele não é obrigado por lei a esclarecer a todos sobre isto, mas, não é ético ficar dizendo que já foi absolvido por Deus, ou que foi absolvido pelos seus eleitores, o que dar margem a eu pensar que ele está se escondendo atrás do processo político, para dirimir sua culpa. E é para fazê-lo coerente com a ética e não só com a lei que o aconselho a, além de cumprir todas as determinações judiciais, sem apelar para chicanas jurídicas, que explique a todos o que houve na Paraíba.

Muitos pensam que é implicância minha, mas, não é. Quem teve o trabalho de ler o texto acima, do Elton, deve ter concluído que se o Dandan tiver alguma culpa na morte do Morceguinho, não está eticamente pronto para ser prefeito de Bom Conselho. Legalmente, ele será o prefeito, e o pode ser até por 8 anos. Mas, lembrem o que diz o texto em sua verdade maior: “Sociedade que não valoriza a Lei nem a Ética, flerta com o desastre.” Eu, diria, simploriamente talvez, que, só seguindo a lei, deixando a ética de lado, Bom Conselho flerta com meio desastre, para ser otimista. Deus queira que eu minta.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O Zé Dirceu de ontem e o Zé Dirceu de hoje





O mensalão pertence ao país, particularmente à juventude. Não teria sido possível sem democracia. Pela primeira vez na história do Brasil, esse sentimento de revolta contra a impunidade encontrou eco no STF e cresceu até tomar conta de todo o país. O mensalão só saiu do papel graças à pressão da sociedade organizada e às denúncias da imprensa, que deram sustentação à luta quase quixotesca que os ministros travavam contra a corrupção no governo federal. O mensalão revelou que o chefe da corrupção era o próprio Lula, envolvido em fatos incompatíveis com o cargo de presidente da República, recebendo vantagens econômicas ao longo de seu mandato, para si e seus familiares, através do esquema criminoso do Zé Dirceu. Mais grave ainda é que tudo isto foi possível porque recebeu o apoio de grande parte do empresariado brasileiro, o que revela o grau de decomposição ética das elites brasileiras, acostumadas à impunidade e ao assalto aos cofres públicos. Por tudo isso, não basta o mensalão, é preciso que seu espírito tome conta do país. A verdade é que nosso povo novamente está caminhando. Está tecendo o fio da história, retomando a luta por dignidade e justiça, pela cidadania.

Todos os meus leitores pensaram que eu tivesse escrito isto de minha própria cabeça. E até poderia ter sido, parcialmente, pois não concordo com algumas coisas que ele diz. Mas, “enganei o bobo, na casca do ovo”. O que veio acima é apenas uma paráfrase (o que adoro fazer) de um texto do Zé Dirceu  de 1992, , membro da CPI de PC Farias, na orelha do livro Todos os sócios do presidente, dos jornalistas Gustavo Krieger, Luiz Antonio Novaes e Tales Faria. O texto original é o seguinte como citado pela Ruth de Aquino na Revista Época de 09.11.2012:

“A Comissão Parlamentar de Inquérito do caso Paulo César Farias pertence ao país, particularmente à juventude. Não teria sido possível sem democracia. Pela primeira vez na história do Brasil, esse sentimento de revolta contra a impunidade encontrou eco no Parlamento e cresceu até tomar conta de todo o país. A CPI só saiu do papel graças à pressão da sociedade organizada e às denúncias da imprensa, que deram sustentação à luta quase quixotesca que parlamentares travavam contra a corrupção no governo federal. A CPI revelou que o chefe da corrupção era o próprio Collor, envolvido em fatos incompatíveis com o cargo de presidente da República, recebendo vantagens econômicas ao longo de seu mandato, para si e seus familiares, através do esquema criminoso de PC. Mais grave ainda é que tudo isto foi possível porque recebeu o apoio de grande parte do empresariado brasileiro, o que revela o grau de decomposição ética das elites brasileiras, acostumadas à impunidade e ao assalto aos cofres públicos.Por tudo isso, não basta a CPI, é preciso que seu espírito tome conta do país. A verdade é que nosso povo novamente está caminhando. Está tecendo o fio da história, retomando a luta por dignidade e justiça, pela cidadania”.

Qual dos dois vocês preferem? E o que anda o Zé Dirceu dizendo agora do sistema democrático que ele diz ajudou a criar. É muita desfaçatez, com diria um colega meu, que está bradando por cadeia para a turma. Vou terminar aderindo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Avestruz, o Jacaré e o Macaco. Viva A República!





Por Diretor Presidente (*)

Quase exatamente há 120 anos a República era proclamada no Brasil. Existia um Império e um Imperador, D. Pedro II, muitas vezes tido como o único estadista deste país, pois estava disposto a vender até as jóias da coroa para resolver os problemas do país. O que faria D. Pedro se fosse eleito Presidente da República? Continuaria um estadista? Pelas várias definições do termo, ao estadista sempre se associa a imagem de alguém que é versado nos princípios ou na arte de governar, ativamente envolvido em conduzir os negócios de um governo e em moldar a sua política, e que a exerce com liderança, sabedoria e sem limitações partidárias. Dizem, de uma forma um pouco cruel e, às vezes, justa, que o "estadista se preocupa com a próxima geração e o político com a própria eleição".

É muito difícil responder à pergunta. Mas, é fácil descobrir que não é fácil descobrir estadistas atualmente. Não sei se felizmente ou infelizmente, tivemos uma chance em 1993, e escolhemos a República com forma de governo e o Presidencialismo como o nosso sistema de governar. Ou seja, escolhemos não ter uma Monarquia e sim uma República. Conseguimos?

Mesmos com as dificuldades, pela sua imensa variedade, de dizer o que é uma Monarquia, pode-se dizer que sua principal característica é o império da vontade de uma pessoa sobre o destino das outras. A República, ao contrário pode-se ver como uma forma de governo que prioriza o povo e cujos governantes, de uma forma ou de outra, devem levá-lo sempre em conta. Até etimologicamente, pode-se dizer que existe “uma coisa pública”. Enquanto que, na Monarquia, as coisas são todas do monarca, na República elas são do povo, que é uma entidade tão difícil de lidar que podemos dizer que elas não são de ninguém. No meio termo, existe algo que é chamado de “patrimonialismo”, que se refere a uma situação onde não há uma visão clara de “a quem pertencem as coisas". Quem é o dono do que existe, se produz, se vende ou se compra, num país? O Direito de Propriedade é uma prática nebulosa e cabulosa dentro dele.

No Brasil, o patrimonialismo veio com Cabral, estava na carta de Pero Vaz de Caminha, passou pelo martírio do Bispo Sardinha (os índios pensavam que ele era merenda escolar), continuou com as capitanias hereditárias, pelos barões, no Império, e continuou com a República, com os senhores de terras, coronéis e continua com o clientelismo, nepotismo, empreguismo e outros “ismos”. A falta de definição clara de quem tem direito ao que, ainda é uma das maiores mazelas de nosso sistema político, apesar de todos os avanços legais e institucionais dos últimos tempos. Isto passa pela questão fundamental do que seja público e do que seja privado em nosso país. E não peçam para o povo ler a Constituição e as Leis, eles, em sua maioria, são analfabetos, iguais aos índios que comeram o bispo.

Quando vou a Bom Conselho, cada viagem rende-me dezenas de letras. E quando vou lá e visito Seu Salviano, o meu cérebro se preenche de luz. Seu Salviano está velho, como ele gosta de dizer, não é velho apenas está velho. Ainda espera reencarnar e voltar a ter um corpo jovem outra vez. A alma não envelhece. Atualmente ele mora no bairro de São Rafael. Eu o conheço ainda dos arredores da Rua da Cadeia. É um sábio com humor, o que para mim é apenas uma redundância. Não há sábios mal humorados. Casa modesta, sem muitas coisas modernas, exceto pela TV e geladeira, adquirida agora, com a redução do IPI, mas muitos livros velhos numa estante também velha. Ele brinca:

- Agora chupo picolé todo dia, prá compensar o feijão que só é cozinhado no sábado!

Começo com uma pergunta que faço sempre que o encontro, só variando o nome do governante de plantão:

- Como está o governo da prefeita Judith, Seu Salviano?

- Tenho acompanhado! Tenho acompanhado! Com mais atenção do que os outros, pois ela é mulher e, queiramos ou não, ainda somos machistas, embora as mulheres tenham ficado mais espertas ultimamente. Talvez tenha sido por causa de machismo que o prefeito anterior perdeu as eleições. Andou espalhando que mulher só servia para cozinhar e levar ponta. Tendo dito ou não, as mulheres deram o troco. É preciso cuidado para não usar nem o meu machismo “incruado” em qualquer julgamento.

- Quer dizer que o senhor acha que ela vai bem?

- Não é tão simples assim! O prefeito que foi bem nos últimos 10 meses é porque está mamando no PAC, ou na mãe dele. Penso que nossa bela prefeita, e você sabe que pela minha idade, não preciso usar aquilo de “com todo respeito”, pois não posso nem faltar com ele, exagerou um pouco nas expectativas. Depois que voltou à realidade quis compensar com eventos sociais. Mas, as festas se acabam e volta a penúria. Quando ela completar um ano de governo volte aqui e conversaremos. E você, o que achou da cidade?

- Nunca vi tantos boatos. Porque o senhor acha que vim aqui? O senhor sabe que considero os seus boatos mais verdadeiros do que os dos outros!?

Seu Salviano fez uma ar de riso e de descrédito na minha informação, e disse:

- Você sabe o que ainda atrapalha todos os prefeitos de Bom Conselho, desde que me entendo por gente?

- Sou todo ouvidos, Seu Salviano.

- Eles nunca souberam discernir entre o que é deles e o que não é, quando assumem o poder. Direitos e Deveres, nesta área deveriam ser exigidos na ponta da língua de qualquer governante. Deveria haver até prova prática, como para tirar carteira de motorista. Todos que sentam na cadeira mais alta se sentem dono de tudo que os rodeiam, inclusive de algumas pessoas. Quando os coronéis entregavam a cédula de votação já fechada para o eleitor, tinham-no como sua propriedade, da mesma forma que em épocas modernas obtém votos em troca de empregos que não lhes pertence ou de auxílios com verbas públicas.

Deixe-me lhe contar um caso recente. Soube por acaso, ao ver uma criança aqui da comunidade reclamar por não haver mais avestruzes no Parque José Feliciano. Eu fui lá olhar. Eu também gostava dos avestruzes. Pelo seu porte e robustez serviam de admiração e diversão para crianças e adultos. O que aconteceu? Contaram-me, e se me contaram errado me corrijam, que, antes das eleições o prefeito, visando o bem estar de sua comunidade, inclusive a minha, levou para o referido parque alguns animais. Uns disseram que era um macaco, um jacaré e dois avestruzes. Outros dizem, que o macaco já estava lá, mas isto não importa. Foi uma festa. Durante algum tempo os animais realmente aumentaram a alegria da molecada, inclusive a minha. Depois das eleições, nas quais o prefeito não foi eleito, os avestruzes foram levados de volta por ele.

Comecei a conversar com as pessoas sobre isto. Uns diziam: mas, não eram dele? Então tem o direito de levá-los de volta. Outros diziam, mas isto é um absurdo, meu filho se divertia tanto com eles. Deveriam mandar a polícia pegar de volta na fazenda dele, diziam outros. E assim por diante, ninguém fez críticas ao prefeito, por ter colocado seus animais dentro de um parque público. Todos acharam, antes, um magnânimo gesto, levar os animais para divertir as crianças, no entanto, ninguém se incomodou com o uso dado ao parque público, que é um espaço público, e que por trás disto há uma série de leis, normas e regulamentos para sua utilização, os quais nem o prefeito pode mexer neles ao seu bel prazer. Já pensou se outro prefeito resolve colocar os seus bois lá e depois tomá-los de volta mais gordos pelo uso do capim público? Não há muita diferença, em termos de confusão entre o que é público e o que é privado, daquele prefeito que se acorda uma dia e diz: aqui não precisamos de cinema, precisamos de mercado público, abaixo o Cine Rex. Ou, esta praça já deu o que tinha de dar, derrube-se e construa-se uma moderna. Não estou querendo dizer que nunca se doe um avestruz para um parque, ou se derrube um cinema ou uma praça, mas, que há normas envolvidas no processo, além da vontade das pessoas, mesmo que estejam imbuídos das melhores intenções. Até hoje eu não sei porque o referido prefeito não levou o macaco e o jacaré.

- O senhor concluiu alguma coisa sobre este caso?

- Não muita coisa. Talvez que macaco e jacaré só combinam com avestruz no Parque José Feliciano. Mas, posso dar um conselho a quem é administrador público ou pretende ser. Leiam, antes de assumir, o artigo 37 da Constituição Federal, e estudem bem o que significam os princípios: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Se o entenderem e o praticarem, estaremos saindo do patrimonialismo a passos largos e ficando longe de tantos prejuízos e injustiças causados por ele. Aí estarão perto de serem úteis até a sétima geração.

- Até mais ver, Seu Salviano. Foi um bom papo, espero conseguir reproduzi-lo no Blog da CIT.

- Ainda não cheguei a esta de computador mas soube que vocês já tem até uma Biblioteca e lá tem uma Constituição para consultar. A minha tá tão velhinha que qualquer dia desses vou lá...


Voltei para onde estava hospedado, sem deixar de passar antes pelo Parque José Feliciano. É um espaço excelente para o bom-conselhense. Só encontrei o macaco e o jacaré, e, pelo visto, estão bem tratados.

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(*) Publicado em 14.11.2009 no Blog da CIT. Exatamente há 3 anos. Parece que o Diretor Presidente está escrevendo hoje. Faz algum tempo que não nos comunicamos, mas, sempre foi um amigo, e dos melhores. Nestes dias de treva para mim me aproveito dos amigos e os publico, quando eles merecem. Não hesitaria a aconselhar ao Dandan, pode ser até depois da viagem à Paraíba (não sei se os blogs vão publicar uma foto dele com o juiz), que lesse este texto para começar sua gestão com o pé direito e tendo cuidado com o ex-prefeito de que o Diretor Presidente fala. Foi ele que parece ter dito que “mulher só servia para cozinhar e levar ponta”, e agora sua esposa é a vice prefeita. Será que Dona Zefa merece isto? Ainda bem que o Dandan não tem nem mulher. (LP)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Gargalhadas vingadoras





Desculpem meus caros, sinceros e costumeiros leitores, se passei tanto tempo sem escrever aqui. É que a vida não está fácil para todo mundo, como está para o Dandan que anda passeando em Brasília, Recife e brevemente irá à Paraíba, se Deus quiser. Eu só tenho passeado por lugares onde não desejaria ir. Mas, é a vida, sou classe média, mas, infelizmente, ainda não cheguei ao Sírio Libanês.

Hoje aproveito um texto que me fez rir, que fala de riso,  e vem de encontro à minha natureza jocosa. Aliás, penso que todo bom-conselhense tem uma verve jocosa dentro dele. Vejam, por exemplo o Carlos Sena. Sem dúvida o melhor escritor vivo de Bom Conselho. Soube que ele vai ter algumas crônicas publicadas e já o parabenizei no Facebook, e o refaço aqui. Algumas delas são impagáveis pelo que nos leva ao riso, no bom sentido, é claro.

Já vi também a programação do Encontro de Bom-conselhenses e lá está o Carlos Sena, agora como sociólogo e falando sobre um tema tão espinhoso que merece um texto à parte. Por enquanto, o que pediria a ele era que desse uma força a nossa PAPACAGAY, para não torná-la mais uma Marcha pela Paz, e sim um marcha guerra contra o preconceito.

Bem,  já escrevi demais, e não fiz ninguém rir, o que foi meu propósito inicial. Leiam o texto do Nelson Motta, no Globo do ultimo dia 09.11 e eu volto, espero, com vocês ainda rindo lá embaixo, ou pelo menos procurando artigos e leituras jocosas para viver mais e melhor.

“Tenho muito respeito e gratidão por quem me faz rir. Dou imenso valor aos comediantes que se expõem a todos os ridículos e constrangimentos só para nos divertir e alegrar. Acredito que rir, principalmente de si mesmo, ou refletido e identificado num personagem, ajuda muito a viver as durezas do cotidiano e a enfrentar as fraquezas e precariedades da condição humana.

Ao mesmo tempo acredito na força devastadora do humor como arma de crítica, que pode ser mais potente e eficiente do que a força bruta, porque é capaz de destruir pelo ridículo e pelo riso os mais sérios e sólidos adversários.

Porque basta ser humano e viver a vida para ser uma potencial fonte inesgotável de piadas e deboches para qualquer um com senso de humor e de crítica.

Mas o humor também é amor: já fiz os papéis mais ridículos só para divertir minhas filhas. E também pode ser rancor, dos que sempre perguntam: “Tá rindo de quê?”

Muitas vezes uma saraivada de piadas engraçadas pode ser mais contundente do que discursos inflamados. Mas as piadas têm que ser boas, e bem contadas, porque piada é timing. E não há nada mais triste do que piada mal contada, quando é gaguejada e perde o tempo e a graça.

Outras piadas só aparecem com o tempo. Hitler e Mussolini eram adorados pelas multidões nazifascistas como deuses olímpicos e épicos, mas hoje suas figuras grotescas gesticulando e gritando seus discursos histéricos são ridículas e hilariantes. Pena que tanta gente morreu para que se pudesse rir em liberdade.

O humor e as piadas corrosivas — porque engraçadas — tiveram um papel muito importante na resistência democrática, desmoralizando o autoritarismo e a truculência da ditadura e fustigando os políticos onde mais lhes dói, no orgulho e na vaidade, com piadas e apelidos devastadores e gargalhadas vingadoras.

O humor não é o forte dos políticos, mas justiça se faça a esse talento de Paulo Maluf. Ouvir aquela inconfundível voz anasalada cantando “olê olê olê olá, Lu-lá, Lu-lá” fez o Brasil gargalhar e teve uma carga de critica política mais poderosa do que qualquer discurso da oposição. Ou da situação.”

Eu confesso que não vi qualquer vídeo do Maluf cantando o “olê, olê, olá....”, mas, se tivesse visto  garanto como daria a maior gaitada, como diziam lá em Bom Conselho. Este é o maior exemplo de semvergonhice explícita da política brasileira. Mas, a política brasileira é assim, e “rir, ainda é o melhor remédio

P.S.: Roubei (Deus me perdoe) também o título do texto do Nelson Motta, e não foi por vingança.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O poeta rastreador de IPs






Como todos os meus leitores sabem, eu sempre acesso o Blog do Poeta. Não é pela sua qualidade, obviamente, e sim com o intuito de verificar quando o Xico Pitomba voltará a me ameaçar e também, por que não dizer, verificar se alguém já presenteou seu administrador com uma gramática e com um dicionário, campanha que endossei aqui no meu blog. Penso ser esta campanha, um serviço de utilidade pública, porque o seu blog torna-se pernicioso a qualquer esforço de educação linguística em nossa cidade.

Alguns dias atrás, deparei-me com um quadro, do lado direito do seu blog, acima mesmo do link de sua Rádio Web, que com o incêndio na Rádio do Geninho, não tem nada o que se ouvir por lá, e dos 50 penduricalhos propagandísticos que os comerciantes pensam que alguém ler, além deles mesmos, cheio de bandeirinhas, mostrando o local que cada internauta que acessa o Blog do Bardo de Arapiraca está. E realmente, eu apareci por lá, pois penso ter sido o Recife que apareceu, aquele de onde está o meu laptop. Depois vou testar em Gravatá para ver se ele me vê por lá.

Eu gostei mais pelas bandeirinhas, e até agora só vi uma de país estrangeiro, a dos Estados Unidos, e tenho certeza que foi o Zé Carlos que acessou o único remanescente do império das comunicações do Poeta. Sim, porque o Portal foi para brejo, e sua rádio, que começava a ter alguma utilidade depois que ele começou a transmitir o programa do Geninho (que é ruim que dói, mas, era o único a que tinha acesso pela internet, pois a outra rádio não consigo pegar), também está à beira da falência, ficando apenas o blog.

Mas, o motivo principal que estar tomando meu tempo tão atribulado é a seguinte postagem do blog do bardo, que pode ser vista aqui (se ele não apagar como o fez com as postagens onde o Xico Pitomba colocava celulares em lugares impróprios, depois de minhas reprimendas) e transcrevo abaixo:

“VOCÊ MAIS PERTO DO BLOG

A cada dia buscamos aprimoramento no nosso trabalho. Este blog está com uma nova ferramenta. Logo no inicio, na lateral da página, você encontrará as dez primeiras pessoas que estão lendo o Blog do Poeta. Na verdade, é um rastreamento de IP's que por ventura esteja linkado no Blog em qualquer parte do mundo. Esse recurso tecnológico, tem a participação do administrador de webdesigner, Ronne Pereira, parceiro deste blog. Para dirimir dúvidas sobre a quantidade de acesso, este programa Live Traffic Feed detecta de onde são, aonde estão, que máquina está sendo usada para linkar no blog. E vem mais novidades por aí!”

Algumas vezes eu penso que o Poeta, fez tantas poesias que ficou maluco. Ele quer que você fique mais perto do blog dele e para isto quer mostrar de onde você está acessando o blog, mas, não mostrando o nome de quem acessa e sim o local. Então toda Recife que aparece lá, sou eu que estou ligando? No momento em que escrevo isto e que acessei o blog há 4 acessos do Recife. Qual seria o meu? Se nem eu mesmo sei, como é que ele sabe?

Aí vem o outro lado da história. Desde um encontro de blogueiros, que o Bardo de Arapiraca programou certo tempo atrás que ele é fissurado no IP das pessoas. Nisto ele e o Dr. Filhinho sempre estiveram juntos. Os dois são doidos por um IP. Houve até uma grande discussão, na qual até se meteu meu colega e amigo Jameson Pinheiro, especialista nesta área de computador e meu assessor, (apesar de longe, mas, agora o Skipe aproxima as pessoas de graça) nestas horas falou sobre o que realmente estava por trás do IP. E ele, o Poeta diz textualmente, assessorado pelo Ronne Pereira (que foi o conferencista do encontro para dar uma aula de como rastrear IP, o que foi um caso de polícia), que “é um rastreamento de IP's que por ventura esteja linkado [sic] no Blog em qualquer parte do mundo”.

Então vejam o que me disse o Jameson pelo Skipe:

“Lucinha, o aplicativo que você menciona eu não conheço e nem tive tempo de ir lá no blog do poeta para ver. Mas, é sim possível que ele veja sue IP e de quem mais o acessa. O problema é o que ele vai fazer com ele. A informação do IP só pode se tornar precisa através do servidor de acesso à internet, citando a hora e local preciso do acesso e mesmo assim, se o computador que o utiliza tiver ligado ao nome de alguém ou de alguma empresa (neste caso é muito difícil precisar quem fez o acesso e isto se aplica ao serviço público). E para saber isto é preciso que haja um ordem judicial para que o servidor disponibilize os dados, e penso, que no Brasil, ainda hoje, os provedores não são obrigados a fazer isto. Em qualquer outro caso é invasão de privacidade o que no Brasil é crime. Ou seja, se alguém chegar com um IP e mostrar para algum juiz, e ele estiver naqueles dias do Joaquim Barbosa, ele manda prendê-lo por invasão de privacidade.

O que pode haver é uma tentativa, por debaixo do pano, de descobrir o IP das pessoas para fazer outras maldades em caráter privado, o que é usurpar o poder da justiça, e é um crime mais grave ainda. Se, como é o seu caso, você diz que está se sentindo ameaçado pelo rastreamento do seu IP, pode ir a uma autoridade e denunciar o rastreante pelas ameaças que isto pode representar. É cana certa.”

Quero de público agradecer ao Jameson pelo esclarecimento e dizer que não tenho medo nenhum que o Poeta ou qualquer pessoa saiba o meu IP (sem saber ainda precisamente o que significa), mas, se houver qualquer tentativa de ameaças a partir dele, não tenham dúvida eu acionarei as autoridades. Embora, qualquer um possa fazê-lo pela confissão do próprio Poeta de ser um rastreador de IP contumaz, junto com seu assessor.

Ainda não tive muito tempo para análise de uma lei (dizem que se chama Lei Caroline Dieckman) que parece punir este tipo de prática, vejam um resumo que vi num blog:


"As penas variam de três meses a dois anos de prisão, a depender da gravidade do caso, como no caso de invasão conteúdo de “comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas” podem ter pena de três meses a dois anos de prisão, além de multa e  a divulgação, comercialização ou transmissão a terceiros, por meio de venda ou repasse gratuito, do material obtido com a invasão. Os culpados podem ter a pena aumentada se tiverem agravantes como obter benefícios financeiros ou invadir dados de autoridades como o presidente da República ou de um dos Poderes.

A venda de programas ou dispositivos que facilitem a invasão de computadores ou locais privados na internet, como e-mails, também configura agravante que pode aumentar a pena final. A ideia é garantir o máximo de tipificação para práticas danosas por meios eletrônicos que até hoje não configuravam crimes.

Os crimes menos graves, como “invasão de dispositivo informático”, podem ser punidos com prisão de três meses a um ano, além de multa."

Não seria o rastreamento de IPs "invasão do conteúdo de dispositivos informáticos?". Com as palavras os juristas, mas, para mim, o Poeta está se enquadrando nesta lei.

Já há um movimento no Mural da AGD para não acessar o Blog do Poeta, e portanto, sua tentativa de rastrear IP pode ter sido um tiro no pé, de mais um empreendimento do seu império de comunicações. E pelo andar da carruagem não dura muito, pois seus “parceiros” já estão caindo fora.

No entanto, quem sabe, o Dandan não o contrata para ser seu assessor de comunicações, para acompanhá-lo à audiência lá na Paraíba? Sei lá, penso que não, porque a esta altura ninguém acredita mais nas bravatas do Poeta.  Quem diria? O Poeta vai começar pela jumentinha outra vez.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Justiça neles





Por Ateneia Feijó (*)

Não é de hoje... Para maus políticos, juntamente com maus servidores municipais, estaduais ou federais, dinheiro público não tem dono. E é propício para enriquecimento ilícito ou moeda de troca para obtenção de quaisquer tipos de benefícios desavergonhados.

Entre as safadezas destacam-se interesses eleitoreiros, vantagens pessoais, ambição de poder e uma malévola satisfação de vaidade: em família, amigos, comparsas, etc.

Por que essas coisas ainda acontecem no país? Uma das causas tem a ver com a miséria aliada à falta de educação generalizada. O grande perigo! Malfeitores se aproveitam de quem não sabe ou tem dificuldade de imaginar a origem do dinheiro público.

Discursos populistas alimentam ignorâncias. Prometem mundos e fundos como se os recursos financeiros viessem dos céus. Portanto, não é de espantar que os generosos discursistas sejam idolatrados como abençoados por Deus. Assim, os crédulos passam a confundir programas sociais de governo com caridade.

Não percebem que filantropia tem a ver com igrejas, centros espíritas, ongs, empresas solidárias e pessoas caridosas. Diferente de programas de governo que são (ou deveriam ser) estratégias para oferecer oportunidades iguais, permitir a inclusão. Corrigir atrasos sociais, distorções e desigualdades (as inadmissíveis) na sociedade brasileira.

Porém, esses programas precisam ser objetivos, baseados em experiências anteriores, com pesquisas, estudos e novas tecnologias; que visem desenvolvimento (de verdade) da nação.

Justifica-se o uso não programado de dinheiro público somente em casos de emergência, de uma fatalidade. Por exemplo, diante de uma tragédia, um desastre natural, uma epidemia...

O próprio Betinho, articulador (em 1993) da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida achava que políticas assistencialistas perpetuavam a miséria. O que não invalida seu slogan: “quem tem fome tem pressa”. Obviamente, em qualquer circunstância, tem que se dar comida a famintos.

Quanto a programas de governo plenamente testados, aprovados e passíveis de atualizações, deveriam se tornar políticas de Estado; para ter continuidade nas alternâncias de poder.

No domingo, O Globo iniciou a publicação da série Mercadores da miséria, com reportagens de Alessandra Duarte e Carolina Benevides. Na pauta, a bandeira da presidente Dilma: Brasil Sem Miséria. Pois bem, seu elogiável programa tem sido absurdamente alvo de diversos tipos de fraudes. Ao que parece, os malfeitores de plantão nada temem.

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(*) Publicado em 06.11.2102 no Blog do Noblat. Hoje, estava tentando escrever sobre outra coisa, mas, não posso deixar de transcrever o texto da Ateneia, como sempre, curta e fina. Quando os programas de redução de pobreza, contra a miséria, a fome e outros assemelhados, não permitem que se dê aos cidadãos uma forma de sair deles, só viciam o cidadão. Como já disse antes, se prestam para tudo quanto não presta do ponto de vista político transformando-se em “formol da miséria”.  E para aqueles vendedores de formol que sempre aparecem em épocas de eleição, não há outra forma de serem tratados: Justiça neles, como escreva a jornalista.(LP)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O mensalão , o Roberto Almeida e a estátua do Lula



Estátua do Lula em Garanhuns
Imagem do Blog da CIT (Jameson Pinheiro)


No último dia 3, o Roberto Almeida publicou em seu blog um texto (aqui) de um tal de Paulo Moreira Leite que, entre outras pérolas, sobre as reportagens da Veja sobre o Marcos Valério e suas revelações, escreve:

“Na prática, os adversários de Lula querem que Valério entregue aquilo que o eleitor não entregou.”

E vai além e conclui com, talvez, um ar de riso, pensando que sua conclusão é brilhante:

“É neste ambiente que Valério passa ter importância. Quem não tem voto caça com Valério.”

E o pior de tudo é que o excelente jornalista Roberto Almeida diz ser o texto uma análise lúcida dos fatos. Se ele acha aquilo lúcido quem não está lúcido é o Roberto.

Eu estava em Gravatá gozando o meu feriadão convalescente e tive que escrever lá o seguinte comentário, mas, com uma vontade danada de escrever mais sobre o assunto, o que faço logo abaixo do comentário lá postado e aqui transcrito:

“Desta vez, aqui em Gravatá estou com uma conexão decente. Será que já está funcionando a norma da Anatel? E vejo o Roberto Almeida, com sua alma petista, a publicar textos que tentam misturar vitória em eleição como o Código Penal. São os eternos defensores do Maluf. Se ele é reeleito então não deve nada à justiça. Lula diz que foi absolvido pelo povo. E se o José Dirceu pudesse ter sido candidato em São Paulo também teria sido absolvido e hoje estaria como o Genoíno pleiteando uma cadeira de deputado.

Se esta ideia vinga, todo bandido para ser inocentado, necessita apenas se candidatar e vencer uma eleição. Num país que elege até o Tiririca (não é bandido, só, palhaço) para que os tribunais então? Deixem o Fernandinho Beira-Mar se candidatar em São Paulo, que ele terá uma votação estrondosa e sendo assim absolvido. Esta ideia petista de confundir júri popular com eleição, só pode nela acreditar quem queria uma estátua para Lula em Garanhuns, e depois já deve ter visto que não pode mais apoiar porque descobriu que ela tem os pés do pior barro da região, e que não pode ficar em pé. Me poupe!

Lucinha Peixoto (Blog da Lucinha Peixoto)”

Começo agradecendo a publicação do comentário pelo colega blogueiro. Digo blogueiro porque fico envergonhada de dizer “jornalista”, pois, neste campo, me comparar com ele é uma injustiça tremenda, sabendo de seu capacidade.

No entanto, o que disse no comentário remete á proposta do Roberto de construir uma estátua para Lula na terra de Simoa Gomes. Eu não sei se ele ainda a alimenta depois de tanta água suja que passou por debaixo da ponte. Penso que não. Seria um desperdício do material do qual fosse feita a referida homenagem. Dizem que a estátua do Sadam Hussein foi uma fabula financeira, paga pelo povo e derrubada pelas mãos do povo.

E foi para falar de povo e seu papel no regime democrático de direito que tento estender o comentário. A última instância de decisão numa democracia é o povo, mas, num estado de direito ele se manifesta sob o manto de leis que ele próprio cria. Ou seja, há normas a seguir, sem as quais qualquer regime democrático passa a ser selvageria regida pela “lei” dos mais fortes.

Esta história, tipicamente stalinista e encampada pelo petismo de que o povo tem o poder de absolver alguém que foi acusado e condenado por um crime diante das leis vigentes, é lançada mão para iludir a população votante sobre o que seja todo um processo social e político democrático,  e é típica de partidos e pessoas que querem ser ditadores em nome do povo. Depois de viver mais de 20 anos sob uma ditadura militar, sob mais 20 de Estado Novo, ainda não aprendemos que a Constituição, apesar de seus erros, ainda é o que nos impede de retrocedermos aos velhos tempos, quando ela é aliada a um arcabouço de liberdade para que o povo se manifeste e até a mude, embora segundo ritos diferentes daqueles das eleições normais.

Queiramos ou não, há 3 poderes que são independentes e que devem funcionar em harmonia, e o STF hoje é quem dar a palavra por um dos poderes. E qualquer tentativa de ir de encontro a suas decisões, fora da lei, e pelo processo político eleitoral é apenas ameaça de golpe às instituições.

O  que ocorre é que os acólitos de Lula, Dirceu, Genoino, Delúbio e companhia, não encontram, na ética, na moral, nas leis e principalmente na lógica, qualquer saída honrosa pela condenação da quadrilha de bandidos que nos roubaram para pagar a parlamentares o poder que eles exerciam. E não vou citar aqui os ministros do STF pois eu estaria voltando a minha vida de alegria, de prolixidade.

Eu não sou nenhuma inocente para entender que os argumentos petistas como os acima a respeito das decisões eleitorais são apenas parte do não ter o que dizer, de uma forma lógica em defesa dos bandidos, já julgados e condenados, em última instância. Mas, o grande e respeitável público, sem saber como funcionam as leis no país, vão na onda. E tenho certeza, o Roberto Almeida também sabe, entretanto, sua alma petista é mais forte do que sua razão.

Só me restou apelar no comentário, para casos extremos de criminosos que poderiam ser absolvidos ao se candidatarem ao um cargo eletivo. E quem sabe não teremos o Marcola como candidato a governador de São Paulo no próximo pleito? Pelas leis do país se o Dirceu e Genoino podem, por que não o Marcola ou Fernandinho Beira-Mar? Quanto injustiça!

Tentando acabar, eu apenas perguntaria: Será que o Roberto Almeida ainda propõe um estátua para Lula na Avenida Santo Antônio? Lá em Bom Conselho eu não conspurcaria a Praça Pedro II com tal obra.

P. S. : Vejam o texto do Zezinho de Caetés no Blog da CIT, onde ele discute a ideia da estátua com o Roberto (aqui). Sempre vale a pena reler aquele saudoso blog.